sábado, 14 de setembro de 2013

Tempos de colheita

Eu vou passar o resto da minha vida vivendo as minhas ilusões e, antes que você tente me dissuadir, eu não quero saber de realidade nenhuma. Realidade é você quem faz.
E se, por acaso, eu me perder entre tantos devaneios, deixe que seja assim. Deixe que eles se percam e se prendam em um nó impossível de desatar. Assim, estarão sempre ligados. Talvez não em harmonia, mas, sinceramente, para quê eu ia querer que estivessem?
Em mar calmo não se pega onda e mentes curiosas de almas expansivas precisam de algo a mais para que continuem a voar.
Mas, por Deus, era tanto pecado e tanta virtude que resolvi me basear pelo Sol e solmente por ele, que ilumina tudo, talvez não com a mesma intensidade, mas de acordo com sua necessidade. E foi assim, de um modo dourado e revigorante, que eu tive certeza de que estava certa.
Sei, sim, que me farão perguntas a respeito da solidão, mas a verdade é que sozinha eu sempre me senti. E acho que isso faz parte da natureza humana. Nunca conheci alguém que se sentisse completo o tempo todo.
Faço isso por amor, que fique claro. Porque sei que não há maior prova de amor do que simplesmente ser. Amor não tem forma, não tem padrões. Amor não tem realidade.
Na minha insanidade eu vou plantar o que eu quiser até crescer e virar felicidade.

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