quinta-feira, 5 de março de 2015

Para quando não precisares mais de malas

Quando de manhã fizer frio e pisar descalço for desconfortável, quando o suor for de um e não dois, engole seco. Arde como cachaça, como ralado em joelho de criança, mas passa.
Cantarola aquela letra dos Beatles ou o seu mantra hindu favorito. Faz isso como quem não crê em casta e não tem classe nem casa.
E, então, nos dias em que a lua surgir cheia e avermelhada, estufa o peito, respira aliviado e dá graças aos seus e aos céus.
Os movimentos de translação e rotação continuam, mas, pra você, só vale andar em círculos se for pra dar a volta ao mundo. Uma nova rota que sempre pende pra Rosa dos ventos.
Deixa pra trás as cordialidades de toda a corja e vá em direção às cordilheiras. 
É tanto conceito, tanto preceito, tanto enfeite... Deixa também o supérfluo! A memória tem que ser mais do que um penacho no chapéu, já que quem é passageiro não vive só de platéia. "Você está vivo, esse é o seu espetáculo"
Com amor, como sempre.

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