sexta-feira, 31 de maio de 2013

É o final de uma era

Eu sinto saudades de ontem.
Sentirei saudades de hoje.
Mas não me deixarei levar pela vontade de voltar, ou a vontade de ficar. 
Os acontecimentos vieram e os sentimentos mudaram enquanto os dias voavam, não em vão, pelas vidas de todos nós.
Não quero que a minha vida passe em uma tela. Fria, morta e abandonada . 
Não me importo mais em assumir riscos. Mergulho mesmo, bem fundo. Mergulho na saudade, em memórias e em coisas que eu mesma inventei. Mergulho e posso até chegar ao ponto de não ver mais a luz. Não preciso mais dela ali, concretizada no impossível.
Tenho o que preciso dentro de mim, porque dentro de mim eu carrego as pessoas que gostei de conhecer, os caminhos por onde passei, os sentimentos que imortalizei. Dentro de mim carrego também as pessoas que não me fizeram feliz, mas que me trouxeram todo o aprendizado que puderam. Dentro de mim carrego o mundo todo e, embora me esqueça disso algumas vezes, tenho a sorte de ter ao meu lado pessoas que, com as luzes que elas também possuem, iluminam o meu caminho e limpam os meus pensamentos.
A vida tem sido muito boa comigo. Eu tenho trilhões de problemas e muitos momentos difíceis, mas, com tantas coisas boas ao meu redor, é fácil deixar o que me deixa pra baixo no chão e sair por aí, voando com as asas que o tempo construiu. 
Há quem me diga que essa é uma data especial, o fim de uma era, o começo de outra. Mas eu nunca acreditei em finais ou começos.
Eu acredito na correnteza. Na continuidade. Na felicidade, sempre ali presente.
Não acredito nas velinhas que se apagam, não. Mas acredito no sentimento que trazem pras pessoas. E, pra mim, isso basta.

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