quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Pintando os sete mares

Passeio por entre renascentistas, pixadores, românticos e futuristas. Deslumbrada, apaixono-me e amaldiçôo-os por erros que quem cometeu fui eu. Prefiro assim. Repudio meus demônios como os expressionistas à guerra e a pop art ao consumo.
Perdida em uma vida registrada nos Operários de Tarsila, me encontro apenas nos azuis de Picasso.
Os outros agem de forma barroca em telas que eu prefiro não pintar: perfeitos em forma de horrendas histórias. Exagerados e envoltos por trevas, dividem o mundo maniqueistamente no chiaroscuro. Afasto-me. Prefiro viver à margem e ser heroína (ao menos aos olhos de Oiticica...).
Pela manhã, quando a luz impede o surrealismo de continuar, já que há quem ache necessário acordar, as manchetes de absurdos no jornal me fazem ter certeza: Deus é dadaísta.

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