sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Aceitando o ridículo

Boa noite!
Queria postar aqui com mais frequência, sabe? Sempre escrevo textos e mais textos mas os acho estúpidos e desisto deles.
Então, hoje, li, pela milésima vez, um poema. Mas dessa vez foi diferente. Dessa vez fez total sentido. A ponto de me arrancar um sorriso bobo, como quem diz "Eu te avisei, mas a tua teimosia me ignorou..."

  
      "Todas as cartas de amor são 
       Ridículas. 
       Não seriam cartas de amor se não fossem 
       Ridículas.
       Também escrevi em meu tempo cartas de amor, 
       Como as outras,
       Ridículas.
       As cartas de amor, se há amor, 
       Têm de ser
       Ridículas.
       Mas, afinal,
       Só as criaturas que nunca escreveram 
       Cartas de amor 
       É que são
       Ridículas.
       Quem me dera no tempo em que escrevia 
       Sem dar por isso
       Cartas de amor
       Ridículas.
       A verdade é que hoje 
       As minhas memórias 
       Dessas cartas de amor 
       É que são
       Ridículas.
       (Todas as palavras esdrúxulas,
       Como os sentimentos esdrúxulos,
       São naturalmente
       Ridículas.)"

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