quinta-feira, 9 de outubro de 2014

A idade na cidade

Pés, anéis e senhores bacharéis
pressa sem apreço
nomes sem qualquer fisionomia
a vida ausente de filosofia
e tanta gente carente de endereço

Gritarias de muitos decibéis.
Durante o dia a cidade treme,
cai a noite e a gigante teme
Chegam e-mails e navios negreiros
e os beija-flores sobrevoam o lixo
sem entender os lixeiros em greve
e as promessas que dizem "em breve"

Passam janeiros e fevereiros
o subúrbio invade o nicho
morrem bombeiros e senadores
tocam os telefones
trocam os telefones
e minha terra já não tem palmeiras

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