sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Se tivesse cheiro, seria de baunilha

Ô, preta!
Deixa eu te contar, vem aqui...
Eu tava vendo umas fotos e me deu uma saudade daquelas que apertam.
Eu sinto falta de andar por aí fantasiada e acreditar nas minhas fantasias todas.
Eu morro de saudade dos bailes de carnaval, de jogar confete e chorar (por cinco segundos) com a espuma no olho.
De sempre querer ser ladrão no polícia e ladrão, do esconde esconde, de correr por aí e me achar capaz de tudo. Sinto saudade de quando eu era algo pra se ter orgulho. De quando quem estava ao meu redor era sempre só sorrisos. Das tardes e das quedas de bicicleta, do conforto do sofá e do cartoon network, da lambança do sorvete, do heroísmo dos meus pais, do mundo como um lugar cheio de cor
Eu me fazia feliz porque não havia outra possibilidade pra mim.
Era só ser feliz, Diniz. Nada mais, nada de mais.
E agora, quando me pego entre o abismo da janela e o conforto e o sufoco do meu quarto, me pergunto, aonde é que eu fui parar?

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